Ainda que a ofensa torne difícil perdoar,
Eu hei-de amar.
Ainda que se esqueçam de mim ou me queiram ignorar,
Eu hei-de amar.
Ainda que me persigam e me queiram humilhar,
Eu hei-de amar.
Ainda que outros queiram impedir-me de falar,
Eu hei-de amar.
E se a chuva cair e se a noite chegar,
Eu hei-de amar.
E se o corpo insistir em não me deixar caminhar,
Eu hei-de amar.
E se dos bens deste mundo me quiserem afastar,
Eu hei-de amar.
Ainda que a solidão seja difícil de suportar,
Eu hei-de amar.
Amarei o Senhor meu Deus, com toda a minha alma, com todo o meu
Espírito
E ao próximo como a mim mesmo.
Olinda Ribeiro